
Muitos adeptos e sócios do Maxaquene sentiram a vitória de Arlindo Mapande como quando os moçambicanos festejaram o fim do jugo colonial, da opressão. A tomada de posse foi como a tomada do poder total do território que era ocupado pelos opressores. O povo que sofre não enxerga as consequências da sua revolução. Interessa, naquele momento, acabar com a dor, sem perceber que outra dor maior pode estar bem à porta.
O revolucionário é orgulhoso e apaixonado pelas suas convicções. A sua vontade de vencer ultrapassa todas e quaisquer barreiras. Naquele momento não cogita a possibilidade dessa paixão e esse orgulho poderem conduzi-lo à cegueira, primeiro, e ao fatalismo, seguidamente. Não é assim que penso do revolucionário maxaquenense. Nem olho para aqueles que foram derrotados como ex-opressores. Não foi isso que quis dizer.
Percebo mais do que nunca que o quase centenário Maxaquene criou um buraco mais profundo porque os poderosos não aceitaram a mudança; porque eles queriam continuar a ser os donos e senhores da gestão de um clube que é até dos sócios, mas também das empresas integradoras.
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